FILIPA BAPTISTA
Assistente Social, gestora cultural e produtora executiva, Filipa Baptista construiu um percurso que cruza arte, território e justiça social. Nascida em 1982, em Tábua, Coimbra, licenciou-se em Política Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, com especialização em Proteção e Segurança Social, e é membro da Ordem dos Assistentes Sociais (OAS). Atua há mais de duas décadas na criação e coordenação de projetos socioculturais e artísticos, desenvolvendo metodologias de inclusão, formação e participação comunitária. Desde 2006 integra o Chapitô, onde lidera a produção executiva de espetáculos, programas de animação e projetos de impacto social, como Animação em Ação e Mala Mágica, reconhecidos por unirem práticas artísticas e transformação social. Com experiência internacional em consultoria e desenvolvimento comunitário, trabalhou na Guiné-Bissau e no Brasil com comunidades locais e povos originários, e coordenou projetos distinguidos por entidades como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Câmara Municipal de Lisboa e a União Europeia. É cofundadora e presidente da associação cultural f.garden, onde coordena a produção executiva e o planeamento estratégico, articulando cultura, memória e ação comunitária em projetos de impacto social e sustentabilidade coletiva.
FREDERICO MOREIRA
Documentarista, montador e produtor audiovisual com mais de duas décadas de atuação entre o Brasil, Portugal e América Latina. Formado em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo e mestrando em Sociomuseologia pela Universidade Lusófona de Lisboa, dedica-se à preservação da memória social e às práticas de imagem como ação política. Nascido em São Bernardo do Campo, herdeiro de uma tradição operária e cultural, viveu intensamente a experiência latino-americana no conurbano bonaerense como técnico audiovisual do Espacio de Debate y Cultura La Casa, onde consolidou uma linguagem de câmara de intervenção social e formação audiovisual DIY. Colaborador de Alípio Freire desde 1964 – Um Golpe Contra o Brasil, mantém hoje vínculo ativo com o Instituto Alípio Freire, articulando a sua prática documental e arquivística à construção de projetos transnacionais. Realizador de Abaya – Resistência e Ancestralidade (Prémio UNESCO/Ibercultura Viva) e O Sepulcro do Gato Preto (Prémio Eder Mazini de Montagem), participou em projetos na Argentina e em Cuba, como Los Punks de La Lisa, sobre o movimento punk-anarquista. Vive em Lisboa, onde é fundador da associação cultural f.garden e coordenador da Rede Memória, plataforma transnacional dedicada à criação de arquivos comunitários vivos e à valorização do património audiovisual dos países da CPLP.